Hoje estou especialmente triste. A raça humana é a melhor e a pior das
criações.
Estamos vivendo um momento de profundo caos político, ético,
social e moral.
Nossos governantes
despiram-se de qualquer senso de valor, de qualquer resquício de dignidade, expuseram as chagas mais profundas que corroem nossa nação.
Esse queijo suíço, todo esburacado, em que
se transformou o Brasil, traga os sonhos, drena a vida dos enfermos, desnutre os famintos, desabriga os pobres,
consome a esperança do cidadão honesto que trabalha todos os dias, fomenta a
violência, o tráfico de drogas, rouba o
sonho de quem estuda apostando num futuro melhor, desarma nossa polícia,
sucateia o transporte público... A lista seria longa...
Além dessa dor, vejo os cidadãos comemorando efusivamente a exposição das mazelas deste ou daquele
partido... como se fosse um jogo de video game. E eu me pergunto: Quem somos nós, o que queremos nós? Que tipo de
cidadãos somos se no momento mais crítico, ao invés de nos unirmos todos em
favor da Lei e da moralidade, ficamos trocando farpas escudados pela sombra da
permissividade? Meu candidato roubou e foi descoberto, oba!!!! O teu também,
kkkkk Tudo na base do deboche e do
cinismo.
Posso parecer arrogante, mas para mim isso é o cúmulo da
imbecilidade, o ápice de toda a desonra e da indigência moral.
Precisamos explicar o óbvio? Que seja então, o que é podre de
um lado é podre do outro.
Qual é a lógica que norteia nossos princípios, nosso
código ético interno (se é que temos um)?
Penso que uma pessoa com uma inteligência mediana é capaz de
discernir entre o certo e o errado, independentemente de qual figura estejamos tratando,
mas o que eu vejo é uma apologia ao crime, disfarçada de justiça e de
convicções partidárias.
Ora, a vida não é uma ciência exata onde 2 mais 2 é 4. A
culpa de um não inocenta o outro. O erro alheio não nos torna santos, tampouco
a lei só é considerada correta quando se aplica ao lado da “facção” que idolatramos.
Porque é exatamente
isso que está acontecendo. Há uma facção no poder (em todos os níveis e
partidos) e não me venham com esse mi mi
mi de legitimidade, democracia, estado de direito, respeito à constituição e
outros verbetes propalados por todos os lados por papagaios que só os repetem sem saber o que dizem, sem
compreender a lógica do caos, o derradeiro momento de quebra de valores tão
enfaticamente defendidos em nome das convicções políticas.
Estou sim, indignada, revoltada, miseravelmente triste e envergonhada com a
cegueira, com a conivência, com o velho chavão do “quanto pior, melhor”.
Quero que se encarcerem todos os bandidos disfarçados de
cidadãos impolutos, quero Justiça, com jota maiúsculo, seja joão ou seja pedro.
Enquanto os humanos teimarem em tomar como verdade apenas a
verdade de conveniência estaremos fadados ao mais profundo e absoluto desalento.
E o mais grave: o que estamos ensinando aos nossos filhos? Que o crime compensa? Que a verdade é relativa? Que o fiel da balança, “balança” ao sabor da
conveniência?
Prisão a todos os corruptos! Já!
E aos bobalhões de plantão, minha pena.
Zel Suek

