domingo, 25 de setembro de 2016

E...

 
 
 
E o velho colchão permaneceu inerte,
sem que acolhesse nossos corpos ardentes.
 
E o ar não se encheu com nossos gemidos de amor,
apenas testemunhou meu choro solitário.
 
E meu coração gemeu baixinho, já sem forças,
tão cansado de tantos enganos.
 
E o quarto triste ficou em silêncio, partilhando do meu desamparo,
sem nada compreender.
 
E a noite passou devagar, como uma sombra comprida
que se estendeu sobre meus olhos.
 
E sonhei um sonho vago, onde você partia sem nada dizer.
Foi adeus.
 
Zel Suek